quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Deputados defendem a criação de um grupo de trabalho CDS quer reavaliação do acordo ortográfico


Deputados defendem a criação de um grupo de trabalho
CDS quer reavaliação do acordo ortográfico

Os deputados José Ribeiro e Castro e Michel Seufert, do CDS-PP, entregaram esta quinta-feira na Assembleia da República um projeto de resolução no qual reivindicam a reavaliação da aplicação do acordo ortográfico em Portugal.
19 de Dezembro 2013, in CM online

No documento, os deputados recomendam ao Governo "a criação urgente" de um grupo de trabalho sobre a aplicação do acordo ortográfico de 1990, em Portugal, para reavaliar a situação e adotar, "eventualmente, as medidas de revisão ou de reajuste que consensualmente possam impor-se".

Os dois parlamentares defendem que aquele grupo de trabalho deve ter representantes das áreas dos Negócios Estrangeiros, Educação, Cultura, Economia e Ciência e fazer, no prazo de quatro meses, um relatório "objetivo e factual com o ponto de situação da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 nos diferentes Estados que o subscreveram".

Em causa está a "efetiva aplicabilidade obrigatória [do acordo ortográfico] até final de 2015", em todos os Estados que o ratificaram.

Caso isso não aconteça até lá, José Ribeiro e Castro e Michel Seufert escrevem que o grupo de trabalho deve propor "a revogação, suspensão ou revisão" da decisão do Governo sobre o acordo ortográfico.

Esta proposta de resolução surge um dia antes de a Assembleia da República discutir uma petição "pela desvinculação de Portugal do 'Acordo Ortográfico' de 1990".

O projeto de resolução deve ser igualmente discutido, a par da petição, e votado, na sessão plenária da Assembleia da República.

A petição é uma iniciativa dos docentes Ivo Miguel Barroso, Madalena Homem Cardoso, Rui Miguel Duarte, entre outros, e foi aprovada por unanimidade, em julho , pela comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, após relatório favorável elaborado pelo deputado Michael Seufert.

"A desvinculação de Portugal ao AO90" é, segundo os peticionários, "a medida urgente a tomar" pelos deputados.


Perante o recuo do Brasil, impõe-se que Portugal "não aplique" o Acordo, uma vez que o Brasil não o está a aplicar, nem nenhum dos outros Países lusófonos, lembram os peticionários.

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