terça-feira, 30 de abril de 2013

Museus municipais vivem "numa espécie de "limbo" orgânico".

Pois, com o que Mega Ferreira cobrou para o seu “estudo” estratégico … espera-se no mínimo, uma transição de um “Limbo Orgânico” … para … um Paraíso Organizado !

A propósito de estratégia … aconselha-se menos silêncio defensivo e secretismo “Gauche Caviar”, e mais abertura espontânea e claridade !
António Sérgio Rosa de Carvalho.


Museus municipais vivem "numa espécie de "limbo" orgânico"

Por Inês Boaventura in Público
01/05/2013

A divisão que integrava estes equipamentos foi extinta, mas a transferência prevista para a tutela da EGEAC não se concretizou

A suspensão da transferência dos museus geridos pela Câmara de Lisboa para a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) deixou estes equipamentos, diz António Mega Ferreira num estudo realizado para a autarquia, "numa espécie de "limbo" orgânico, anomalia que convém reparar com urgência". O município garante que essa mudança de tutela vai acontecer, mas não diz quando.
A passagem do Museu da Cidade e dos seus núcleos, do Museu Bordalo Pinheiro, do MUDE, das Galerias Municipais e da Casa Fernando Pessoa para a EGEAC foi anunciada para 2012, mas só uma pequena parte desse projecto se concretizou: em Outubro desse ano a empresa municipal assumiu a gestão do centro cultural concebido como homenagem ao escritor.
Os restantes equipamentos permaneceram na Câmara de Lisboa, apesar de a Divisão de Museus e Palácios, na qual se integravam os museus, ter sido extinta no início de 2011, com a entrada em vigor da nova orgânica dos serviços municipais. A ideia era que a essa extinção se seguisse a concentração na EGEAC "da gestão de todos os museus e galerias que, independentemente da sua localização, sejam propriedade ou geridos pelo município", como determina a nova orgânica dos serviços municipais.
Algo que "não se concretizou em pleno exclusivamente devido às alterações legislativas decretadas, em 2012, para o sector empresarial local", justificou a autarquia em respostas escritas enviadas ao PÚBLICO. A assessora de imprensa da Câmara acrescenta que a gestão dos equipamentos, com excepção da Casa Fernando Pessoa, "irá manter-se sob a esfera da Direcção Municipal de Cultura até que seja possível a sua transferência para a EGEAC, num processo com duração e metodologias diferentes das inicialmente planeadas, tendo em conta as novas obrigações legais, nomeadamente no que respeita às novas regras e limites impostos aos subsídios à exploração por parte das autarquias às empresas municipais".
No estudo que desenvolveu sobre os museus municipais de Lisboa, intitulado "O museu é a cidade", António Mega Ferreira considera que estes vivem hoje "numa espécie de "limbo" orgânico". Algo que, no seu entender, deve ser resolvido "com urgência", através da definição de "uma nova orgânica municipal que acomode os museus deixados "de fora" da EGEAC".
Nesse sentido, Mega Ferreira recomenda que cada um desses equipamentos "seja considerado como unidade orgânica autónoma, respondendo directamente perante o director municipal de Cultura ou quem o represente" e "seja dotado de um coordenador, responsável pela gestão artística e operacional da sua unidade, com excepção dos assuntos de natureza comercial". Na opinião do escritor esses assuntos devem ser atribuídos à EGEAC.
Na reunião camarária que se realizou há uma semana, a vereadora da Cultura anunciou que o Museu da Cidade, que vai adoptar a designação de Museu de Lisboa, passará a ter seis núcleos, cada um dos quais com "um coordenador técnico". Segundo Catarina Vaz Pinto, "futuramente haverá um director do museu, que coordene todos os núcleos e articule o Museu de Lisboa com os restantes equipamentos, municipais e não municipais".
Os seis núcleos mencionados incluem dois novos espaços: um no Torreão Poente do Terreiro do Paço (que será a sede do museu) e outro na Casa dos Bicos, em cujo piso térreo irá funcionar o Centro de Interpretação das Muralhas da Cidade.



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