domingo, 22 de abril de 2012

"Trouble in Utopia" Pruitt-Aleixo "The day Modernism died "? 16/12/2011


Myth of Pruitt-Igoe
Completed in 1954, the 33 11-story buildings of the Pruitt-Igoe housing development was built as an attempt to address the housing crisis the poor faced in St Louis, Missouri. Only twenty years later, at 3pm on the 16th of March, 1972, the buildings were leveled, declared unfit for habitation because of unsafe and unsanitary conditions, coupled with rampant crime. The story of Pruitt-Igoe is a tragic urban fable, a complicated and loaded story of ambition, hubris and failure.


Why the project failed is still a subject of debate. One popular notion is that Pruitt-Igoe was a failure of Modern architecture and the Modern ideal. Charles Jencks went as far as to say that the day that Pruitt-Igoe was torn down was “the day Modernism died.” Many go further, citing the Modernist style of Pruitt-Igoe as the direct cause of its failure.

( Editado por António Sérgio Rosa de Carvalho )





O fim do Aleixo começa hoje com a implosão de uma das torres do bairro sobre o Douro
Hoje, 150 quilos de explosivos começarão a alargar as vistas sobre o Douro.




Por Patrícia Carvalho in Público

Rebentamento dos 150 quilos de explosivos está previsto para o fim da manhã. No bairro quase todos querem assistir, mesmo com pena


Eram 15h quando, ontem, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, abandonou a área vedada da torre 5, no Bairro do Aleixo. Foi uma visita "informal" para "se inteirar do andamento dos trabalhos preparatórios no local", explicou o gabinete de imprensa da autarquia. Hoje, se o vento deixar e nenhum imprevisto surgir, a torre vai desabar em segundos, transformando-se na imagem viva e sem sombra para qualquer dúvida de que o fim do bairro camarário chegou mesmo.
Rui Rio poderá assistir a tudo de um barco no rio Douro. Em 2008, o autarca admitia querer ter o bairro completamente demolido até 2013. A senhora que se segue é a torre 4, de onde já saíram entre um terço a metade dos moradores. Aida é uma das que já deixaram a torre 4. Está na Mouteira, um "sítio sossegado", para onde se mudou há cerca de mês e meio, depois de optar por uma das três alternativas apresentadas pela empresa municipal de habitação, a DomusSocial. "Estou bem lá, mas também estava bem aqui", diz. Sobre a operação montada para hoje tem alguma expectativa e garante que vai procurar o melhor ponto de observação possível para assistir à implosão. "Fico um bocadinho triste, já morava aqui há tanto tempo. Quando for a vez da minha [antiga torre] ir abaixo acho que até vou chorar", admite.
Os explosivos começaram ontem a ser colocados no edifício e entre as 8h30 e 10h30 de hoje toda a área dentro do perímetro de segurança deverá estar vazia de gente. As quatro torres que, espera-se, permanecerão de pé e sem danos provocados pela operação continuarão a contar a história turbulenta do Aleixo. Mas apenas a curto prazo.
O bairro, com vistas privilegiadas para o Douro começou a ser construído em 1974. Não foi criado para ser um bairro camarário, mas a partir de 1976 foi ocupado por população da zona da Ribeira Barredo. Pessoas que queriam regressar ao centro histórico, mas a quem nunca foi dada essa oportunidade. Ana Maria, de 72 anos, é uma das moradoras da zona que será obrigada a abandonar a sua casa, esta manhã, por questões de segurança. Quando regressar, a torre em frente à sua porta terá desaparecido, acordando velhas memórias. "Ainda me lembro de quando isto eram tudo campos para onde íamos brincar".
O fim do Aleixo, consumido por problemas ligados ao tráfico de droga desde a década de 1980, foi defendido, já em 2000, pelo então presidente de câmara do PS, Nuno Cardoso. Uma sugestão que lhe valeu fortes críticas, mas que defenderia, de novo, em Junho de 2001, explicando que o bairro "tem cerca de 30 anos e a habitação social em altura hoje em dia já não funciona".
Os custos elevados de manutenção dos edifícios - e dos elevadores - eram um dos argumentos do autarca, que desabafava: "Por muito que a câmara faça e invista nele, o Aleixo acaba por nunca estar em condições".
Rui Rio, em Julho de 2008, apresenta a proposta de criação de um fundo especial de investimento imobiliário (FEII) para realojar as cerca de 300 famílias e desenvolver um novo empreendimento.
Hoje, 150 quilos de explosivos começarão a alargar as vistas sobre o Douro.

Sem comentários: